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DEZEMBRO / 2008

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OPçÕES E OBJETIVOS

EDIÇÃO Dezembro 2008

Cursos Técnicos, Seqüenciais e Tecnológicos

Desfazendo a confusão entre as definições dessas modalidades de curso.

Existem várias opções de cursos profissionalizantes. Geralmente, existe uma confusão entre as três principais modalidades de cursos existentes no país: Técnicos, Seqüenciais e Tecnológicos. Este artigo discute algumas das diferenças básicas entre essas modalidades e apresenta links para documentos oficiais que definem esses cursos.

Em primeiro lugar, é essencial apresentar aspectos importantes que diferenciam estas modalidades de cursos. Especificamente:

  • Os cursos técnicos são de nível médio profissionalizante. Esses cursos têm como objetivo capacitar profissionais para atividades no setor produtivo. São destinados a aqueles que estão finalizando o curso de nível médio e não buscam uma formação superior, mas pretendem ingressar no mundo de trabalho como profissionais da área (em nível médio). Os cursos técnicos oferecem uma formação mais simples que os cursos de tecnologia e são, portanto, considerados uma complementação profissionalizante de nível médio.
  • Os cursos seqüenciais são cursos superiores, porém não são de graduação. São cursos que funcionam como um recorte dos cursos de graduação. Apesar de serem cursos de nível superior, não habilitam aos alunos formados realizarem mestrado e doutorado, já que são cursos menores e, em si, não conduzem à graduação. Esta modalidade de curso só pode ser desenvolvida por escolas que já tenham bacharelado na área. Durante alguns anos, logo após a sua criação como modalidade pelo MEC, foram bastante cotados, mas hoje em dia na área de informática, diminuíram muito e estão reduzidos a poucos cursos.
  • Os cursos tecnológicos são cursos superiores de graduação. Possuem em seu projeto pedagógico todos os elementos para uma formação profissionalizante completa dentro de uma linha específica de conhecimento mais densa do que os seqüenciais. Os cursos tecnológicos têm como principal objetivo formar profissionais para o mercado de trabalho. Além disso, permitem aos formandos, segundo a própria legislação, o ingresso em cursos de mestrado e doutorado desde que obedecidas especificidades de cada programa de pós-graduação. Um programa de mestrado e doutorado até pode recusar um tecnólogo em seu quadro de alunos. Porém, isto deve ser feito por conta de outros critérios próprios e não por conta da legislação vigente que diz que o Tecnólogo pode seguir estudos em programas de mestrado e doutorado, informação presente nas próprias diretrizes curriculares gerais dos tecnológicos.

É fato que os bacharelados também podem conduzir a uma profissionalização. Entretanto, o que diferencia os cursos tecnológicos dos de bacharelado (Ciência da Computação, Engenharia da Computação e Sistemas de Informação) é que os tecnológicos não apresentam a formação generalista que estes geralmente apresentam, e sim específica. Além disso, os cursos tecnológicos da área de informática têm, em geral, carga horária inferior considerando o mínimo de duas mil horas da legislação vigente, sem contar estágio profissional e trabalho de conclusão. Os cursos de bacharelado e engenharia em computação possuem na legislação vigente a indicação de um mínimo de três mil horas.

É importante notar que, hoje em dia, a carga horária dos cursos tecnológicos varia bastante. Existem cursos que possuem a carga horária mínima e cursos que chegam a quase três mil horas. Porém, é consenso que os cursos tecnológicos possuem menor duração que os bacharelados. Em princípio, não há problema em cursos tecnológicos terem carga horária maior do que a mínima, desde que não sejam de formação generalista e sim de formação específica.

Concluindo

Existem escolas com curso de tecnologia só por ter possibilidade de ter carga horária menor e não porque tem demanda por tais cursos. Entretanto, esta não é a regra, e estes cursos não devem ser tomados como base para entendermos a dinâmica dos cursos de tecnologia. Existem muitos cursos bons que são prejudicados em sua imagem por aqueles de má qualidade. Pessoas desinformadas podem considerar cursos técnicos e tecnológicos como sendo a mesma coisa, porém estão enganadas. Embora ambos sejam importantes para a formação profissional do país, a legislação para cursos técnicos é diferente da legislação dos cursos tecnológicos. Os propósitos são diferentes, as diretrizes são diferentes, o catálogo de cursos é diferente, e o histórico de criação e a trajetória são diferentes. Quem quiser conhecer mais sobre os cursos técnicos e sobre os cursos tecnológicos visite o site do MEC na área relacionada ao ensino profissionalizante e verá que estes são muito distintos.

Recursos

Cursos Técnicos

Portal do MEC sobre cursos técnicos, com eferenciais curriculares específicos para cursos técnicos de informática e os links de parecer e resolução das diretrizes curriculares para esta modalidade de cursos:

http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/informat.pdf

http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/ceb016.pdf

http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/ceb0499.pdf

Cursos Seqüenciais

Resolução CNE/CES nº 1/1999, de 27 de janeiro de 1999 que dispõe sobre os cursos seqüenciais de educação superior, nos termos do art. 44 da Lei 9.394/96:

http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES0199.pdf

Portaria MEC nº 4.363/2004, de 29 de dezembro de 2004 que dispõe sobre a autorização e reconhecimento de cursos seqüenciais da educação superior:

http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/portarias/portaria4363-04sequenciais.pdf

Cursos Tecnológicos

Resolução CNE/CP 3 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a organização e funcionamento dos cursos superiores de tecnologia:

http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/resol_cne3.pdf

Pareceres CNE/CES Nº 436/2001 e CNE/CP Nº 29/2002 onde constam informações importantes sobre os cursos superiores de tecnologia e suas diversas áreas onde as diretrizes gerais foram fundamentadas:

http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES0436.pdf

http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/parecer_cne29.pdf

Sobre o autor

Marcelo Duduchi atua há mais de 16 anos na docência em ensino superior e pós-graduação e tem mais de 10 anos de experiência em administração escolar superior em computação em universidades públicas e privadas (chefias de departamento, coordenações de cursos e direção). Atualmente é Professor Pleno da Faculdade de Tecnologia de São Paulo (FATEC SP), atuando no Mestrado em Tecnologia do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS). Na SBC, foi coordenador de Grupos de Trabalho GT1 e hoje é membro da Comissão de Educação, coordenador do Grupo de Trabalho GT6 e Secretário Regional (Estado de São Paulo Leste).


»Esta é uma publicação eletrônica da Sociedade Brasileira de Computação – SBC. Qualquer opinião pessoal não pode ser atribuída como da SBC. A responsabilidade sobre o seu conteúdo e a sua autoria é inteiramente dos autores de cada artigo.

v01n01/55.txt · Última modificação: 2020/09/22 02:31 (edição externa)

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