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EDIÇÃO Abril 2009

Empresas Juniores para Alunos da Computação

Aproximando universitários do mercado de trabalho.

A cada ano, mais empresas juniores dos cursos de Computação são fundadas com o objetivo principal de aproximar os estudantes do mercado de trabalho. São diversos os casos de sucesso de profissionais que fizeram parte de empresas juniores, demonstrando que a participação nessas empresas é uma experiência valiosa para os universitários.

Uma empresa júnior é uma associação civil sem fins lucrativos, constituída e gerida exclusivamente por alunos de graduação de estabelecimentos de ensino superior, que presta serviços e desenvolve projetos para empresas, entidades e a sociedade em geral, nas suas áreas de atuação, sob a orientação de professores e profissionais especializados.

A empresa júnior normalmente é formada por uma diretoria executiva e conselho de administração, possui estatuto e regimento próprios e uma gestão autônoma em relação à administração universitária, centro acadêmico ou qualquer outra entidade acadêmica.

A empresa júnior deve ter como objetivos:

  1. Proporcionar ao estudante a aplicação prática de conhecimentos teóricos da área de formação profissional específica e não específica;
  2. Desenvolver o espírito crítico, analítico e empreendedor do aluno;
  3. Intensificar o relacionamento universidade-empresa;
  4. Facilitar o ingresso de futuros profissionais no mercado de trabalho;
  5. Contribuir com a sociedade através da prestação de serviços, proporcionando a micro, pequenos e médios empresários serviços a custos ligeiramente abaixo dos praticados no mercado.

A empresa júnior não pode ter como objetivos:

  1. Captar recursos financeiros para a instituição de ensino ou para seus integrantes através da realização de projetos ou qualquer outra atividade;
  2. Elevar o conceito do curso e instituição de ensino perante o MEC e a sociedade;
  3. Efetuar aplicações financeiras com fins de acúmulo de capital.

As empresas juniores normalmente são compostas por cinco diretorias executivas:

Presidência: Representante legal da empresa e responsável por traçar metas para a empresa através de planejamentos estratégicos, com o objetivo de fortalecer e ampliar as atividades da empresa.

Administrativo e financeiro Organiza e analisa os recebimentos e pagamentos por meio de um estudo das movimentações de capital da empresa, identifica no mercado a viabilidade de inserir um novo produto e/ou serviço, e analisa o tempo de retorno estimado em relação ao investimento necessário.

Recursos Humanos: Responsável por realizar pesquisas com os funcionários da empresa, a fim de determinar os fatores que reflitam em sua motivação, comprometimento e trabalho em equipe, ou que possam influenciar no desenvolvimento de suas atividades bem como capacitá-los através de cursos e oficinas.

Marketing: Projeta uma imagem positiva da empresa perante a sociedade e seleciona os canais de comunicação mais eficientes para um determinado nicho de mercado através de pesquisas junto ao público-alvo.

Projetos: Gerencia todos os projetos da empresa. Esta é a diretoria que tem relação mais próxima com os clientes, além de coletar informações sobre o nível de satisfação com produtos e/ou serviços oferecidos, visando à melhoria contínua.

O aluno que participa do MEJ (Movimento Empresa Júnior) obtém uma experiência profissional muito valiosa durante a graduação ao participar da construção e crescimento de uma microempresa. A oratória, capacidade de gerenciar e trabalhar em equipe e a relação com o cliente são exemplos da experiência que esses universitários acumulam. Tudo isso, aliando teoria à prática.

O empresário júnior tem a oportunidade de conhecer a fundo o mercado de trabalho antes de nele ingressar, aprendendo com seus erros sem o receio de sofrer represálias ou mesmo demissão. Melhor capacitado para reconhecer oportunidades, falhas e desafios do mercado, o jovem empresário poderá fazer escolhas mais acertadas em um futuro emprego ou no seu próprio negócio.

A empresa júnior oferece a oportunidade de aliar os ensinamentos teóricos com o ímpeto de inovação e experiência prática. Além de promover o aprendizado fora da sala de aula, despertar o interesse do aluno pelas diversas áreas do conhecimento e engajá-lo na universidade, a empresa júnior auxilia o aluno a desenvolver importantes características de um bom profissional como responsabilidade e disciplina.

Existem muitas empresas no Brasil atuando nas diversas áreas da computação como redes, desenvolvimento de websites, sistemas web personalizados, programas para desktop, além de consultorias e cursos nas áreas de TI. Além disso, desenvolvem projetos voluntários para o benefício da sociedade.

Normalmente, as empresas juniores apresentam e relatam suas principais ferramentas ou idéias através de casos de sucesso apresentados em encontros, seminários ou fóruns de Empresas Juniores, nos quais os melhores são premiados.

BrasilJr – Confederação Brasileira de Empresas Juniores

Concluindo

Não perca a oportunidade de ingressar no MEJ (Movimento Empresa Júnior), você só tem a ganhar. Uma das grandes lições que aprendemos ao fazer parte de uma empresa júnior é que devemos aprender a fazer o difícil, pois o que é fácil todos sabem fazer; dessa forma, compreendemos a importância de nos destacarmos no mercado de trabalho. Se no seu curso não houver uma empresa júnior, não desanime; com boas idéias e força de vontade é possível criá-la. Afinal, é preciso que alguém dê o primeiro passo.

Recursos

Muitas informações sobre empresas juniores podem ser obtidas no site da Confederação Brasileira de Empresas Juniores.

Lista das federações em cada estado

Lista das principais empresas do Brasil com link para os seus respectivos sites.

Finalmente a lista dos casos de sucesso aprovados no 16o Encontro Nacional de Empresas Juniores(ENEJ), e o site do 17º ENEJ uma boa oportunidade para submeter casos de sucesso da sua empresa júnior.

Sobre o autor

Thiago Fernandes de Oliveira. Graduando em Ciência da Computação na Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC, localizada em Ilhéus, na Bahia. Integrante da TecnoJr – Empresa Júnior de Ciência da Computação da UESC. Bolsista de Iniciação Científica no projeto “Desenvolvimento de uma interface web para uma ferramenta de auxílio à identificação de formigas Ponerinae” junto ao laboratório de Mirmecologia da CEPLAC - Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira. Tem experiência na área de Ciência da Computação em Servidores Linux, Programação e Banco de dados.


Esta é uma publicação eletrônica da Sociedade Brasileira de Computação – SBC. Qualquer opinião pessoal não pode ser atribuída como da SBC. A responsabilidade sobre o seu conteúdo e a sua autoria é inteiramente dos autores de cada artigo.
v02n01/09.txt · Última modificação: 2020/09/22 02:31 (edição externa)

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