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wei2009:referenciais

Referenciais do MEC

Esta página está sendo constantemente atualizada durante o Workshop de Educação em Computação 2009 - WEI. As opiniões aqui apresentadas são de inteira responsabilidade dos seus autores (participantes do WEI) e não representam a opinião oficial da SBC até que sejam aprovadas pela Diretoria e Conselho da SBC e/ou Assembleia da SBC.

Introdução

Especialmente na edição de 2009, estaremos discutindo a publicação dos Referenciais pelo MEC, disponíveis aqui.

Entre as principais questões a serem discutidas estão:

  • a consulta pública sobre os Referenciais das Engenharias (no qual consta o curso de ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO)
  • a criação dos cursos de Engenharia de Software (deveriam ser incluídos como Engenharia? como Computação?)
  • as versões iniciais dos referenciais para os demais cursos relacionados à Computação (os quais o MEC deve colocar para discussão pública até o final do ano)

Objetivos

Este trabalho terá dois objetivos principais:

  1. Revisão da proposta da moção a ser encaminhada pela SBC ao MEC
  1. Definição de um texto modelo a ser seguido pelos sócios da SBC que quiserem responder à consulta popular no site do MEC

ENCONTRO 1 – 21/07/2009 – às 08:30, Auditório 4

A tarefa deste encontro será definir o texto padrão para resposta à consulta popular do MEC. Este modelo deve considerar os seguintes campos do formulário de consulta popular:

2.3.2. Perfil do egresso(máximo de 800 caracteres)

2.3.3. Temas abordados na formação:(máximo de 800 caracteres

2.3.4. Áreas de atuação: (máximo de 800 caracteres)

2.3.5. Infra-estrutura recomendada: (máximo de 800 caracteres

Ao final desses encontros, espera-se:

  • o texto da moção
  • o texto do modelo de resposta

Estes foram os resultados das discussões do ENCONTRO 1 (WEI, manhã): referenciais seguindo o modelo do MEC para Engenharia de Computação e Engenharia de Software.

ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO

1) O QUE FAZ?

Os Engenheiros de Computação projetam e desenvolvem computadores e sistemas digitais, com capacidade de programação, para aplicações: • na automação, melhorando a qualidade, aumentando a velocidade e a segurança da produção, e reduzindo os custos envolvidos, • nos sistemas embarcados, • nas comunicações digitais, como telefonia, redes de computadores, concentradores, modens, telefones celulares, • na área de TV Digital, como decodificadores de TV, sistemas de controle de TV-Digital, interatividade, • na área de multimídia, em especial multimidia portátil, e • na área de entretenimento digital, como jogos.

Estes profissionais dominam conhecimentos em hardware, software, comunicações e interações entre eles, seguindo princípios e métodos da engenharia. Coordenam e supervisionam equipes de trabalho, realizam estudos de viabilidade técnico-econômica, inovam, executam e fiscalizam processos, projetos e serviços técnicos e efetuam vistorias, perícias e avaliações emitindo laudos e pareceres técnicos. Em todas as suas atividades, consideram aspectos referentes à ética, segurança, legislação e impactos ambientais.

2) O QUE ESTUDA?

• Física • Matemática Discreta, Lógica e Cálculo • Algoritmos, Computabilidade e Programação (estruturas de dados, abstração de dados, modelos de linguagens de programação) • Automação de Processos e Controle Discreto • Circuitos Elétricos, Eletrônica Digital e Analógica, Circuitos Digitais • Microprocessadores e Arquitetura de Computadores, • Tecnologias de aplicação, tais como: sensores e transdutores, sistemas de tempo-real, redes de computadores, sistemas operacionais, sistemas distribuídos, confiabilidade e segurança de sistemas, inteligência computacional (redes neurais, sistemas nebulosos, visão computacional, robótica)

3) ONDE TRABALHA?

Indústria de computadores; setores de tecnologia da informação, de telecomunicação, de planejamento e desenvolvimento de infraestrutura tecnológica e de desenvolvimento de hardware e software em instituições públicas e privadas; empresas que utilizam sistemas embarcados (dispositivos que integram software e hardware). Além dessas, o profissional pode atuar de forma independente empreendendo o seu próprio negócio ou como consultor.

4) INFRAESTRUTURA RECOMENDADA PARA A OFERTA DO CURSO:

Laboratório de Eletricidade e Circuitos Laboratório de Eletrônica Digital e Analógica Laboratório de Programação Laboratório de Redes de Computadores Laboratório de Arquitetura de Computadores e Periféricos Biblioteca com acervo atualizado e completo, envolvendo sistemas de consulta conectado à internet

Legislação Pertinente (quando profissão regulamentada): Lei no. 5.194/66

ENGENHARIA DE SOFTWARE

0. Contextualização

Sistemas de software estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano. Vários eletrodomésticos e elevadores, por exemplo, têm controle via software; carros, tratores, aviões, sistemas de controle de tráfego, celulares e salas de cirurgia também dependem desta tecnologia. Enquanto alguns desses exemplos correspondem a sistemas relativamente simples, outros custam muito caro e envolvem milhões de linhas de código e hardware sofisticado. E como dependemos desses sistemas, eles precisam estar sempre disponíveis e não apresentarem falhas; devem funcionar da forma prevista e ser escaláveis e seguros.

1. O que faz?

O Engenheiro de Software é responsável pelo desenho do processo de desenvolvimento de software, bem como é capaz de gerenciá-lo e executar apropriadamente atividades dele, desenvolvendo modelos sistemáticos e aplicando técnicas confiáveis para a produção de software de alta qualidade, no cronograma e orçamento estipulados.

Ele lida com sistemas complexos, de grande porte e alto custo, com abrangência de funcionalidade e requisitos de qualidade mensuráveis, que precisam ser corretos, disponíveis (24×7), seguros, tolerantes a falhas e de fácil manutenção. Há exemplos variados nos setores de petróleo e gás, mineração, siderurgia, bancos, saúde, aviação civil, logística, entretenimento interativo, e nas Forças Armadas.

O Engenheiro de Software coordena e supervisiona equipes de trabalho, realiza estudos de viabilidade técnico-econômica, executa e fiscaliza projetos e serviços técnicos e efetua vistorias, perícias e avaliações emitindo laudos e pareceres técnicos.

2. O que estuda?

• Fundamentos da Engenharia • Fundamentos de Ciência da Computação • Gerência de Configuração de Software • Gerência de Projetos • Processo de Software • Ferramentas e Métodos de Engenharia de Software • Qualidade de Software • Requisitos de Software • Projeto (Design) de Software • Construção de Software • Teste e Verificação de Software • Manutenção de Software • Processos Produtivos

3. Onde trabalha?

Organizações públicas ou privadas com desenvolvimento interno de softwares complexos, críticos e/ou de grande escala; fábricas ou empresas de desenvolvimento de softwares complexos, críticos e/ou de grande escala; empresas produtoras de software. Além dessas, o profissional pode atuar de forma independente empreendendo o seu próprio negócio ou como consultor.

4. Infraestrutura recomendada para a oferta do curso

Laboratório de Programação Laboratório de Engenharia de Software Biblioteca com acervo atualizado e com sistema de consulta conectado à Internet

5. No que difere da Ciência da Computação

Enquanto egressos de Ciência da Computação demonstram fortemente habilidades em fundamentos de programação, os egressos de Engenharia de Software trabalham com sistemas de software complexos cujo conhecimento necessário vai além do nível de fundamentos de programação. Os egresssos de Ciência da Computação têm perfil genérico que abrange várias áreas da computação (ex: computação gráfica, processamento de imagem) enquanto os egressos de Engenharia de Software são especializados nas técnicas de desenvolvimento e gerenciamento do processo de Sofware.

Mais do que em Ciência da Computação, egressos de Engenharia de Software aplicam práticas profissionais sistemáticas que asseguram que o software seja confiável, atenda aos objetivos e necessidades dos clientes e que seja produzido no cronograma e dentro do orçamento estabelecidos. Ainda, estes profissionais têm muito mais experiência em atividades em equipes de projeto, já que processos efetivos de trabalho em equipe são essenciais para práticas efetivas de Engenharia de Software.

6. No que difere de Sistemas de Informação

Egressos de Sistemas de Informação demonstram fortemente habilidades em modelagem de processos de negócios, planejamento estratégico, sistemas de apoio à decisão, teoria das organizações, comportamento organizacional, fundamentos de sistemas de informação, teoria geral dos sistemas e gestão da informação, que não são foco dos Engenheiros de Software.

Por sua vez, os Engenheiros de Software têm profundo conhecimento nas ferramentas e métodos de software, qualidade de software, requisitos de software, projeto de software, construção, teste, verificação e manutenção de software.

O Engenheiro de Software constrói as soluções elicitadas pelo profissional de Sistemas de Informação.

7. No que difere da Engenharia da Computação

O Engenheiro de Software e o Engenheiro da Computação estudam os mesmos Fundamentos da Engenharia.

Entretanto, o Engenheiro da Computação têm forte domínio nos aspectos de hardware digital e na integração dos mesmos com software e sistemas em geral. Além disso, ele desenvolve software básico para sistemas embarcados.

Por sua vez, os Engenheiros de Software têm profundo conhecimento nas ferramentas e métodos de software, processo de software, qualidade de software, requisitos de software, projeto de software, construção, teste, verificação e manutenção de software. E não estudam Eletricidade, Circuitos Digitais, Eletrônica e Sensores.

ENCONTRO 2 – 21/07/2009 – às 16:15, Auditório 4

A tarefa deste encontro será revisar a proposta da moção. Esta proposta será então revisada pela Diretoria de Educação, discutida na plenária do WEI, e posteriormente encaminhada para aprovação na Assembleia Geral da SBC (a ser realizada na quinta-feira às 18:30, Auditório 7).

Moção da SBC

Este texto precisa ser aprovado pela Plenaria do WEI (22/07 às 16:15) e Assembleia da SBC (23/07 às 18:30).

CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE COMPUTAÇÃO

MOÇÃO

A Assembléia da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), realizada no Congresso da SBC ocorrido em julho de 2009 na cidade de Bento Gonçalves com a participação de aproximadamente 2000 pessoas, discutiu os referenciais dos cursos de engenharia submetidos à consulta pública pela Diretoria de Regulação da Educação Superior da SESu e aprovou, com apoio da Diretoria e do Conselho da SBC, esta Moção.

Considerando que

1) a SBC, há mais de 30 anos, promove inúmeros eventos dos quais participam ativamente as comunidades acadêmica e profissional de computação, nacional e internacional, demonstrando competência e representatividade na área;

2) a SBC tem uma Diretoria e uma Comissão de Educação que promovem anualmente Workshops de Educação em Computação (WEI), nacional e regionais, e o Curso de Qualidade (CQ), cujos objetivos principais são estudar, analisar e aperfeiçoar o ensino superior de computação e sua qualidade, respectivamente;

3) em 1999, a SBC criou o Currículo de Referência do curso de Engenharia de Computação, quando também revisou os Currículos de Referência de Ciência da Computação e Sistemas de Informação elaborados em 1991, os quais são adotados como referência pelas instituições de ensino superior brasileiras;

4) a SESu, através da sua Comissão de Especialistas de Ensino de Computação e Informática (CEEInf/SESu) composta por representantes da comunidade da SBC, elaborou as Diretrizes Curriculares de cursos da área de Computação e Informática no âmbito dos eventos da SBC e as enviou em 1999 ao Conselho Nacional de Educação, sendo que um dos perfis elaborados foi do curso de Engenharia de Computação. A CEEInf/SESu foi ainda responsável, de 1995 a 2000, pela avaliação de cursos de Engenharia de Computação.

5) a partir de 2000, o INEP continuou constituindo comissões compostas por membros da área de Computação para avaliar os cursos de Engenharia de Computação, com perfil de Computação;

6) a Comissão de Computação do INEP, formada por representantes da comunidade da SBC, preparou em duas edições o ENADE para os cursos da área de Computação, incluindo os cursos de Engenharia de Computação;

7) muitas das melhores universidades do mundo (MIT, Stanford e UC Berkeley, por exemplo) integram seus departamentos de Ciência e de Engenharia de Computação, abordando conjuntamente o ensino de eletrônica digital e de computação; e

8) as duas mais importantes associações das áreas de computação e engenharia, a ACM (Association for Computing Machinery) e a IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), reuniram esforços e criaram uma força tarefa para definir (e posteriormente atualizar) recomendações curriculares para os cursos da área de Computação, incluindo os cursos de Engenharia de Computação e Engenharia de Software, usadas como referência nos Estados Unidos, Europa e Ásia,

A SBC SOLICITA

à SESu a composição de uma comissão mista de representantes da Computação e Engenharias de áreas afins, com a conseqüente prorrogação do prazo para manifestação pública, para a concepção dos referenciais curriculares da área de Engenharia de Computação.

O atendimento a esta solicitação propiciaria, inclusive, a elaboração dos referenciais curriculares de cursos de Engenharia de Software, os quais são hoje uma tendência mundial e não podem ser classificados como cursos de Engenharia de Computação, por diferirem em sua essência.

Resultados de Discussões

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wei2009/referenciais.txt · Última modificação: 2010/08/31 16:44 por sbc horizontes

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