Segunda matéria: Eventos da SBC e suas localizações

Segunda matéria: Eventos da SBC e suas localizações

Por Luiz Paulo Carvalho e Deógenes Silva Junior

De boa fé e seguindo um protocolo meticuloso, realizamos uma extensa pesquisa sobre eventos brasileiros na área de computação e informática para apresentar os dados e informações históricas deles derivados da forma mais objetiva, completa e verdadeira possível.

Lidar com a memória é arriscado, pois dados errados podem indicar realidades e memórias irreais. Nesta publicação, incluímos a detalhada coleta de dados e respectivos desafios, além das dificuldades e críticas sobre a memória dos eventos científicos computacionais brasileiros.

Dois critérios nortearam esta investigação: a contemporaneidade e o hábito. Para a contemporaneidade, selecionamos como recorte temporal o Século XXI, analisando o intervalo entre 2001 – 2019. Com essa escolha, nos afastamos da ênfase no campo do estudo histórico, do qual precisaríamos de um diálogo com outras epistemologias, por exemplo, entrando no domínio da história.

De forma complementar, acreditamos que estudos históricos posicionados na história da computação são bem-vindos. Deixamos este encaminhamento para trabalhos futuros: estudar a fundo a cultura científica computacional brasileira em uma área específica (e.g., computação musical, inteligência artificial, robótica, entre outras) com ênfase em memória, enfatizando paralelamente a dinâmica tecnológica.

O critério do hábito é diretamente ético, que estuda as práticas que culminam nos hábitos. Comportamentos repetidos regularmente e que ocorrem subconscientemente definem um hábito, uma vez que os atores institucionais agem necessariamente em grande parte com base no hábito, muitas de suas ações contribuem involuntariamente para a reprodução das instituições.

Processos de eventos podem ser analisados sob dois aspectos:estruturantes e inovadores. Por ser uma rotina orientada ao hábito, ambos os aspectos apresentam baixa variação entre as edições subsequentes do evento.

Em relação à estrutura, os eventos brasileiros ocorrem com as mesmas estruturas, rotinas, ritos e dinâmicas, dentre outros. Certas práticas destes eventos seguem o rito acadêmico-científico tradicional e bem estruturado. As mudanças na estrutura de um evento aparecem às margens, em eventos ou edições esporádicas, podendo assumir valorizações nulas ou negativas e desaparecer, ou valorizações positivas e persistir.

Nada disso significa que eventos sejam monólitos processuais. O núcleo fundamental de atividades que compõem um evento pode ser flexível, como percebemos na necessária disrupção em 2020 ao transferir eventos para a modalidade online. Algumas dinâmicas logísticas podem ser estáveis, enquanto outras não.

Quando consideramos esse hábito processual ritualístico — estrutura sistemática e contínua em que eventos se organizam —, notamos também que a maioria dos eventos não se beneficia organizacionalmente desse comportamento. A cada edição de um mesmo evento, ou mesmo de eventos diferentes, surgem os mesmos problemas, desafios e dificuldades. Acima das mudanças tradicionais e bem estabelecidas, que perturbam determinadas variáveis, o caos é recorrente.

Por exemplo, haverá mudanças específicas na realização do evento em diferentes estados (ainda mais em diferentes regiões), mas muitas das práticas e atividades habituais persistirão. Por exemplo, a expectativa potencial de um “jantar de conferência”, se considerarmos datas consolidadas, o planejamento e o encaminhamento podem avançar com antecedência. E o transporte para o local do jantar? Pode haver necessidade de contratação de transporte – como é conhecido na maioria dos eventos que analisamos aqui.

Da mesma forma, embora esta descrição parece levar ao tédio, um simpósio visa a congregação e a comunicação sócio-científica e não à constante inovação disruptiva do seu modus operandi. Nada impediria os pesquisadores de mostrarem as suas pesquisas no Tik Tok, enquanto realizam coreografias, e depois interagem com o público em uma live utilizando filtros e efeitos diversos.

Porém, só de pensar nisso é um absurdo. Pelo menos hoje, nos valores atuais… Por outro lado, a estagnação e o inverno cultural congelado são negativos. É preciso haver um meio-termo entre a orientação acelerada para a novidade pop e a conservação rígida, da mesma maneira, de práticas realizadas em eventos há mais de cem anos.

O hábito sobre o modo de ocorrência dos simpósios brasileiros é presencial, e vemos isso durante todo o período entre 2001 e 2019. Mesmo com capacidade de recursos humanos e tecnológicos, nenhum dos eventos que analisamos realizou eventos totalmente online neste intervalo. Nenhum, em quase 500 edições, de eventos de COMPUTAÇÃO. Se esperássemos que algum evento, em alguma área do conhecimento, em algum período, antes da pandemia da covid-19, priorizasse a modalidade online, isso seria esperado dos supostos “especialistas no assunto”, ou seja, nós.

Concluindo, somando a pandemia de Covid-19 à urgência e correria associadas aos eventos online, desconsideramos os eventos realizados em 2020 e 2021. Dada a complexidade das conjecturas deste momento histórico específico, existe um potencial para trabalhos futuros semelhantes. O grau de perturbação do hábito na cultura científica computacional brasileira era alto demais para comparação, e seriam dois trabalhos diferentes dentro de um.

Portanto, focamos na especificidade da modalidade presencial e nas considerações éticas. Extrapolaríamos os critérios de qualidade para uma análise qualitativa generalizando ou agrupando esses elementos como iguais.

Análise Individual dos simpósios

Analisamos cada simpósio realizado pela SBC desde o início do século XXI, 2001 – 2019. Resultado em dezenove anos de análise, de 28 simpósios e um congresso, o CSBC. São ao todo 490 edições de eventos. Nesta seção analisaremos os simpósios e trataremos detalhadamente do CSBC em um próximo episódio.

Uma deficiência de cultura e memória

Começamos este episódio de trás para frente, os dados e informações coletados, organizados e estruturados estão disponíveis na Tabela 1, ao final desta matéria. Dessa forma, com os resultados organizados em uma tabela parece simples, como se fosse uma simples extração de dados de sites ou documentos facilmente acessíveis e disponíveis.

No entanto, o fenómeno da “indisponibilidade de dados” foi negativamente impressionante quando tentávamos conseguir identificar informações sobre os eventos. Poderíamos ter chamado isso de “sem dados”.

No entanto, os dados existem e estão algures na memória individual das entidades que compõem a comunidade, em documentos com fraca ou nenhuma indexação por algoritmos de pesquisa, em documentos exclusivamente em formato físico, em websites indisponíveis, ou com hiperligações quebradas, dentre outros.

Alguns eventos apresentam sites com informações históricas ou geográficas atualizadas e completas, como o SBBD. Estranhamente, temos este site e outro site da CE separado. Além disso, este site não possui versão em português.

Outros, não encontramos nenhum dado ou fonte de informação sintetizada em um só lugar, como SBIE ou SBSC. Considerando que buscamos informações de localização geográfica de 490 eventos, em alguns casos a coleta de dados e informações foi manual ou tivemos que recorrer a membros destacados das comunidades (a quem oferecemos nossos mais profundos agradecimentos).

O que nos causou imensa estranheza foi o choque entre os valores tradicionais da computação em contraste com o cenário concreto. Uma das grandes potencialidades da computação é o armazenamento, preservação e curadoria de dados. Dados e informações, seja na modalidade ou no meio em que se encontram, constituem a memória. Cultura é memória. Os websites e documentos oficiais sobre os respectivos acontecimentos são locais explícitos de memória. A indisponibilidade também provoca o apagamento de aspectos culturais simbólicos.

É quase impossível encontrar uma justificação moral que contemple uma justificação lógica para negligenciar os dados e o acesso aos dados sobre a história dos eventos. Apresentamos duas justificações possíveis em alto nível de abstração, uma ideológica e outra materialista.

A primeira envolve situações como “tendo cumprido a sua função comunicativa, o conjunto de informações sobre o evento é descartável, como lixo”, ou “A única função era entregar mensagens objetivas e diretas, e já o fez”; ou ainda “dos eventos, tendo-se publicado os artigos em anais online ou impressos, o resto não importa”.

Potencialmente, também a combinação deles. Acima dos critérios materiais, há uma ideia de desvalorização da memória. A complexidade da subjetividade deste fenômeno dificulta a verificação ou validação adequada, ou seja, é improvável que pergunte a alguém sobre isso e receba uma resposta carregada indicando este cenário de desvalorização.

O segundo aspecto, materialista, envolve custos e despesas, ou seja, “O custo de manutenção e operação de um site que armazena informações sobre um evento que já ocorreu é maior do que qualquer benefício adicional possível”.

Apesar de parecer trivial, a análise deste parâmetro apresenta camadas implícitas. A princípio, o custo financeiro e humano relativo da manutenção mínima adequada dos websites dos eventos é proporcionalmente insignificante. À medida que os anos encurtam, a tarefa de encontrar dados e informações simples sobre estes acontecimentos aumenta proporcionalmente.

Por outro lado, os organizadores calculam os custos e despesas dos eventos para um intervalo de tempo específico. Ou seja, por mais que se enalteça simbolicamente a memória ou a informação histórica como importante, os sites precisam de manutenção ou monitoramento. É necessário apoio financeiro contínuo se o site estiver hospedado em um servidor externo e em um domínio privado, por exemplo.

A SBC fornece servidor e domínio para CEs e eventos*. Nesse sentido, é responsabilidade da SBC gerenciar esses acessos e dados posteriormente, fora do intervalo de eventos. Para a organização do evento, a SBC disponibiliza a opção de utilização de servidores ou domínios SBC.

Quando um evento hospeda seu site em um servidor aleatório, existe corresponsabilidade entre o proprietário do servidor e os respectivos organizadores do evento em realizar sua manutenção e monitoramento.

Por exemplo, é comum encontrar sites hospedados por universidades públicas. O site perde-se caso esta mesma entidade desligue este servidor ou o configure para outra finalidade. Em nossa busca das informações sobre eventos, notamos ocorrências semelhantes em dezenas de casos com o passar dos anos.

No centro do problema está a falta de recursos ou a priorização de recursos para outros fins. É inocente reduzir cada problema a um juízo de valor simbólico, enquanto o fator material financeiro é decisivo. O site não se “programa sozinho”, as artes não “vêm espontaneamente” e a informação não “passa magicamente da cabeça das pessoas para os sites”. Complementamos esta discussão na matéria na qual discutimos o cenário como um todo, pela sua abrangência.

Recorremos parcialmente à ideia proposta por Nora (1996) de Lugares (ou Sítios) de Memória (Les Lieux de Mémoire). Os sites, sejam eles coleções, compêndios ou ambientes virtuais de dados ou clusters de informações, são locais de memória.

Cada edição de um evento isolado, de eventos alocados ou co-alocados ou de superblocos carrega dados e informações relacionadas à memória daquele evento, sua comunidade e dinâmicas relacionadas.

Por exemplo, dados de organização, trilhas e tópicos solicitando trabalhos, fotos do evento, lista de trabalhos aceitos, artes digitais produzidas explicitamente para a ocasião, mensagens aos participantes, dados históricos e prêmios, dentre outros.

“O estudo da memória social não é o trabalho sobre estes fragmentos do passado nem sua acumulação para reproduzir esse passado no presente. O trabalho sobre a memória social é uma produção de atos que nos fazem ter consciência da experiência que foi acumulada para nos mobilizar no presente. Como escreve Nora, a memória social são os traços do passado que permanecem vivos na vida social dos grupos, ou o que é que os grupos fazem com esse passado. São essas características do passado que nos fazem e especificamente eles próprios formas de ação”. (Leite, 2014)

Simson (2003) reitera a importância da memória coletiva e dos lugares de memória:

“Há também aquilo que denominamos de memória coletiva, que é aquela formada pelos fatos e aspectos julgados relevantes pelos grupos dominantes e que são guardados como memória oficial da sociedade mais ampla” (Simson, 2003)

O passado coletivo da computação brasileira, em sentido amplo, também compreende dados e informações sobre os respectivos eventos congregacionais científicos. Na cultura científica, a prática congregacional de divulgação científica em ocasiões semelhantes é altamente valorizada. Este lugar de memória consolida explicitamente o conhecimento fenomenológico da comunidade, preservando o padrão e a memória coletiva geral sem recorrer a memórias individuais ou poucas.

Para consolidar, preservar e cultivar a cultura científica computacional brasileira é essencial consolidar, preservar e cultivar a memória. Da mesma forma, essa memória é essencial para a história:

“Tudo o que hoje se chama memória não é, portanto, memória, mas já história. Tudo o que se chama flash de memória é a finalização de seu desaparecimento no fogo da história. A necessidade de memória é uma necessidade de história.” [tradução nossa] (Nora, 1996)

Um lugar de memória é qualquer entidade significativa, seja material ou imaterial, que por força da vontade humana ou do trabalho do tempo se tornou um elemento simbólico do patrimônio memorial de qualquer comunidade.

Por exemplo, para a palestra da professora Milene Silveira sobre a trajetória do IHC, ela precisou ativar e recuperar memórias específicas. É ingênuo e simplista imaginar que ela tinha todos os dados e informações na memória porque frequentou vários simpósios de IHCs no Brasil. Alternativamente, justificando que ela é uma entidade conhecida na comunidade ou possui um acervo de tudo armazenado.

Houve uma perturbação e ativação de um fluxo de memórias envolvendo diversos locais de memória, documentos e outras memórias individuais por meio de interações. Em suma, a falta de valorização dos sites como locais de memória com valor funcional e simbólico gera uma desvalorização da memória, da cultura e da história da informática brasileira.

Suponha que uma parte interessada deseje estruturar, formalizar e documentar a cultura ou a história científica computacional brasileira hoje da forma mais abrangente e completa possível. Nesse caso, dependerá da memória individual e do conhecimento tácito de membros selecionados da comunidade. O mesmo desafio que enfrentamos aqui.

Em vez de depender do acesso à Internet e da noção de localização dos websites dos respectivos eventos, depende do capital social, da boa vontade e vontade dos outros e do potencial de memória dos envolvidos. Por exemplo, descubra dados e informações sobre a memória de eventos científicos computacionais na década de 1990.

No caso do simpósio de IHC, isso é mais fácil porque uma das gestões da CE de IHC fez a curadoria de muitos dados de todas as edições do IHC. Neste caso, a gestão deste conhecimento ocorre numa página diferente do local específico e tradicional da memória, uma coleção de dados e informações (embora limitada) numa página. O que já é um avanço em relação ao ”abandono”.

Três críticas são pertinentes para concluir este fenômeno de “indisponibilidade e abandono de dados”. Primeiro, a indisponibilidade destes dados ou informações não é acidental ou um “fenômeno natural”. Mesmo distante de configurar imoralidade, ainda é negligência. A estrutura do ato moral está além do resultado. Consideramos também o motivo, o fim (justificação), os meios e a consequência.

A segunda crítica, por sermos especialistas neste mesmo domínio, acentua a justificação moral e a responsabilidade intelectual. É plausível que um acadêmico-cientista de história com imenso apreço pela memória, sem conhecimento técnico em computação, gerencie um local de memória como um site.

Além disso, embora muitos especialistas em informática também possam estar distantes do conhecimento e da experiência técnica dos websites, eles ainda estão muito mais próximos ou mais conscientes. Por exemplo, alguém na respectiva CE, organização do simpósio ou comunidade sabe que um site deve ser gerenciado de alguma forma; caso contrário, ficará indisponível e esquecido.

Terceira crítica, há uma desaprovação ou desvalorização de ”elementos não técnicos”, como aspectos humanos, sociais, culturais ou éticos; e o mesmo acontece com os dados históricos e com a história. A qualidade dos dados e da informação é crucial, incluindo o seu acesso e eliminação.

Mesmo que a história, a memória ou a cultura estejam distantes da epistemologia computacional, apesar de estarem presentes, qualquer pessoa interessada em estudar história, memória ou cultura precisa de dados e informações para fazê-lo, inclusive os interessados em computação. Paralelamente, esse fenômeno prejudica a computação brasileira para analisar e refletir sobre sua história e cultura, ou seja, é prejudicial para outras áreas do conhecimento e da computação.

Coleta de dados e método para análise

O protocolo para esta etapa da pesquisa foi o seguinte:

  1. Pesquisar cada site específico de cada edição do evento nos mecanismos de busca online, por exemplo, “SBCARS 2012” ou ”SBSI 2002” (neste caso, sem resultado, pois a primeira edição do SBSI foi em 2004). Incluir informações de eventos encontrados diretamente de seus sites;
  2. Pesquisar nos sites das CEs por dados e informações sobre os respectivos eventos. Incluir informações sobre eventos encontrados nos sites das CEs;
  3. Pesquisar locais através de repositórios (IEEEX, ACM DL, SOL). Incluir informações sobre eventos encontrados através de publicações nos repositórios ou dos mesmos dados ou informações dos repositórios;
  4. Buscar locais por meio de publicações, indiretamente pela nomenclatura específica de cada edição do evento (ex.: no site institucional de um pesquisador, há uma lista de suas publicações, e lá aparece “publicação X, <local de publicação + ano do evento>”). Inserir dados indiretos através de publicações. Em caso de conflito, priorize dados e informações de etapas anteriores;
  5. Enviar e-mails para membros de CEs ou pesquisadores renomados nas áreas selecionadas por conveniência, solicitando dados e informações faltantes ou correção de possíveis erros; Inserir dados coletados através da participação da memória individual dos especialistas, priorizando esta acima de todas as demais.

A Tabela 1, no final dessa matéria, expõe os dados coletados através deste método.

Nosso foco é estritamente quantitativo, investigando as evidências que permitirão a interpretação dos fenômenos dos simpósios. Por esse motivo, omitimos a quantidade de dados relativos à etapa que os obtivemos, por exemplo, “o evento X apresentou todos os seus dados no site do CE; sobre o evento Y, só conseguimos coletar os dados com especialistas”.

Para o presente escopo de trabalho, esta informação é irrelevante. O que, indiretamente, esperamos que gere uma autocrítica das respectivas comunidades relativamente às suas memórias.

A princípio, esperávamos que a maioria significativa dos dados estivesse nos sites de cada edição, o que se revelou falso. Em relação aos sites das CE, a explicação plausível é que cada um tenha arquitetura e estilo diferentes como produtos culturais de diferentes comunidades.

Na maior parte, a qualidade dos sites poderia ser melhor; atualmente é um desafio encontrar dados ou informações. Muitos apresentam dificuldades ou limitações em expor dados e informações de seus simpósios e possuem muitos hiperlinks indisponíveis ou quebrados, expondo que os sites da CE poderiam ser melhor gerenciados e operados.

A solicitação de informações aos especialistas dependia do tempo, da disposição e do interesse em participar e responder aos e-mails. Em alguns casos, recomendaram pesquisar sites onde os hiperlinks estavam quebrados ou indisponíveis sem perceber previamente o seu estado, acreditando que estavam totalmente funcionais.

Após a coleta dos dados e informações isoladas, completamos com os dados alocados, co-alocados, superblocos e eventos secundários, conforme detalhado na seção a seguir.

Resultados da análise e discussão

Dos 28 simpósios, treze nasceram através do século 21 (como simpósios); quinze ocorreram desde 2001 ou anteriormente. Quatorze simpósios só tiveram suas primeiras edições a partir de 2001. Em 2002, SBQS; em 2004, SBSI, SBGames e SBMF; em 2005, SBSeg; em 2006, SBSC; em 2007, SBCARS; em 2009, STIL; em 2011, SBESC; em 2012, BRACIS (que é um caso específico) e SBR; em 2016, SAST; em 2018, SBCAS.

Eventos da SBC que surgiram no Século XXI

Embora alguns, como o SBRC, tenham sido serializados anualmente há mais de 30 anos, outros mostraram outros comportamentos nos seus dados. Alguns, como já explicado, só iniciaram suas atividades a partir de 2001, ainda que em forma de workshop. Alguns possuem comportamento bianual, como STIL e SBCM. O IHC, a certa altura, também era bianual. Outros, por motivos específicos, não organizaram edições em anos específicos.

Destacamos a formação de ”super-blocos”. De certa forma, configuram unidades de relevante importância político-científica. Os quatro blocos são:

  • (i) o bloco de inteligência computacional, com seu primeiro aparecimento em 2012 com o BRACIS, ENIAC, abrangendo o STIL a partir de 2013 (bianual);
  • (ii) o bloco de games, computação gráfica e realidade virtual, com estreia em 2017 com SBGames e SVR, englobando o SIBGRAPI a partir de 2018;
  • (iii) o bloco de engenharia de software, por meio do CBSOFT, com seu primeiro aparecimento em 2010 com SBES, SBLP e SBCARS, englobando o SAST a partir de 2011;
  • por fim, (iv) o bloco de computação de alto desempenho, desde 2001 composto pelo SBAC-PAD e pela “sua versão nacional”, o WSCAD.

O que torna necessário diferenciar, em caráter político-científico, um evento alocado, co-alocado ou componente de superbloco. Agrupamos como superblocos porque: (i) suas comunidades apresentam interseções significativas; (ii) são mantidos constantemente juntos e no local exato; (iii) ou apresentam situação organizacional conjunta, por exemplo, apresentam inscrição conjunta para todos os eventos deste bloco, ou existe apenas uma comissão organizadora para todos. Se todos eles forem válidos, configure um superbloco.

Um evento alocado depende do evento “guarda-chuva” ao qual foi alocado, como a maioria dos workshops. Nesta análise, Workshops são antecedentes dos simpósios, embora sem esta maturidade, pois constituem sua história, cultura e desenvolvimento. Como é complexo diferenciar um workshop de um simpósio, decidimos considerá-los. Alguns eventos, como já explicado, só iniciaram suas atividades a partir de 2001, ainda que em forma de workshop.

Começamos com workshops e encontros nacionais. Alguns dependiam de simpósios. O CSBC é crucial para formar, apoiar, manter e expandir oficinas ou reuniões de computação brasileiras. A Tabela 1 (ao final) expõe os workshops ou reuniões com sublinhados. Alguns workshops aconteceram de forma independente – o WDBC (2001 – 2006), o WOB (2003 – 2004) e o WMF (2001 – 2003).

Dos simpósios que, a partir de 2001, se “desenvolveram” a partir de workshops: STIL, do TIL (2003 – 2007); SBGames, da WJOGOS (2002 – 2003); SBCARS, do WDBC (2001 – 2006); SAST, do SAST (Nos registros foi listado como um workshop, chamado Workshop on Systematic and Automated Software Testing. Apesar disso, a sigla aparece como SAST); SBCAS, do WIM (2001-2017); BSB, do WOB (2002 – 2005); SBESC, do WSO (2004 – 2010); SBSeg, do WSeg (2001 – 2004); SBMF, do WMF (2001 – 2004); SBSC, da WCSCW (2004, em 2003 foi trilha no WebMedia).

Simpósios que vieram de Workshops

Alguns “desenvolveram” a partir de encontros nacionais e ainda mostram o comportamento dos eventos alocados. Neste caso, temos o ENIAC da ENIA (2001 – 2011) e; SBR da ENRI (2004 – 2010). O CSBC alocou o ENIA e, posteriormente, o ENIAC no BRACIS. O CSBC alocou ENRI no CSBC em 2004 e 2006, SBIA em 2008 e SBIA + SBRN em 2010.

Num primeiro momento, e por se tratar de uma tendência operacional acadêmico-científica computacional, pensamos em hierarquias de eventos. Contudo, a disparidade de casos nos fez desistir de determinar algo como “workshops dependem de simpósios” ou “devemos alocar cada workshop dentro de outro evento maior”.

O caso dos Workshops independentes, WDBC, WOB e WMF, expõe as contradições. Portanto, a maioria (não todos) dos workshops e reuniões são alocados para eventos maiores e apenas algumas vezes configuram dependência ou subordinação efetiva. Por fim, os respectivos simpósios conduzem todos os casos de co-alocações na Tabela 1 (ao final), envolvendo workshops e encontros nacionais.

Por exemplo, em 2008, houve uma co-alocação entre SBBD, SAST (como workshop este ano) e SBES. Neste cenário, o SAST, tendo aceitado ser alocado no agrupamento SBBD + SBES, deverá seguir as diretrizes organizacionais gerais dos outros dois simpósios.

Nesse caso, há uma hierarquia entre eventos menores, inclusive aqueles que acontecem por meio de “convocações para workshops” e simpósios. Mesmo assim, é impossível afirmar com precisão determinística e realista que houve desequilíbrio de hierarquia, privilégio ou poder em todos os casos expostos.

Propomos uma escala de maturidade e dependência de workshops ou reuniões para organizar comportamentos de dados percebidos, combinando análises dos sites do CE e comunicações institucionais:

Nível 1: o evento só pode ocorrer se for alocado em algum outro evento “maior”. Está nos estágios iniciais de maturação e não apresenta relevante significância para comunidade em geral. Ocorre com base em ”convocação para workshops”, sem garantia de frequência ou com muitas edições.

Nível 2: o evento só poderá ocorrer se estiver alocado em outro evento. A ocorrência é bem-vinda, sem necessidade de ”convocatória para workshops”. Já apresenta algum grau de maturidade, seja pela antiguidade dos participantes, pelas edições anteriores realizadas, pelo grande número de participantes, ou pela abundância de recursos financeiros, dentre outros. Apresenta uma comunidade iniciante e em amadurecimento.

Nível 3: o evento pode ocorrer de forma independente, sendo a única diferença do Nível 2. Por exemplo, os organizadores possuem capital e recursos para organizar o evento de forma independente.

Nível 4: segue o mesmo cenário do nível 3, porém, visa “crescer” em sua designação oficial, por exemplo, evoluir de workshop para simpósio. Apresenta muitos ou todos os elementos significativos no nível 2 e estabilidade para garantir edições futuras. Por exemplo, o WSeg realizou quatro edições sob as asas do SBRC e se desvinculou como um simpósio, o SBSeg.

Os superblocos não estão neste arranjo (não são o “nível 5”) porque estão distantes da ideia de maturidade, diferentemente dos simpósios isolados. Um superbloco é um arranjo primariamente político, e seus componentes podem desacoplar-se ou outros podem acoplar-se. Como em um ciclo de vida, nem todo simpósio tem como destino acoplar-se ou formar um superbloco. Acoplar-se garante vantagens e desvantagens específicas, sem configurar um amadurecimento.

Os eventos podem estagnar em níveis, regredir, avançar ou partir de níveis além de 1. Considere o SBSC, que apesar de estar em nível de simpósio, quase se dissolveu entre 2018 e 2020. Além disso, é impossível certificar dados qualitativos significativos apenas por esta breve análise, que podem ocorrer em trabalhos futuros, por exemplo, se o WIM foi alocado no CSBC entre 2008 – 2018 por dependência ou conveniência.

No CSBC, foram alocados três eventos em nível de simpósio. SBCM em 2001 e 2003; SBSC em 2007 e 2017; SBCAS em 2018. Conforme demonstrado acima, pelo nível de maturidade dos workshops e encontros, não podemos afirmar com certeza que essas alocações ocorreram porque os respectivos eventos alocados apresentaram dificuldades ou conveniências específicas. Mesmo assim, ocorreu essa alocação na forma de simpósios dentro de um congresso maior. Após 2016 (excluindo CSBC), as co-alocações entre simpósios cessaram, retornando em 2022 entre BSB e SBBD.

Apesar da necessidade de maior aprofundamento neste tema, a identidade dos simpósios é um interesse potencial. Um dos exemplos são seus nomes, e o caso explícito é WebMedia. O evento teve sua primeira edição em 1995, Workshop de Sistemas Multimídia e Hipermídia; em 1998, o Simpósio Brasileiro de Sistemas Multimídia e Hipermídia (SBMIDIA – não está claro se há ou não acento agudo no primeiro i); em 2003, o Simpósio Brasileiro de Multimídia e Sistemas Web (WebMídia); em 2004 o nome permanece o mesmo, a sigla passa a ser WebMedia.

Houve um diálogo específico com o contexto político-científico internacional, por exemplo, percebemos que a mudança de 2004 facilitou a internacionalização e o reconhecimento pelos motores de busca no âmbito internacional, omitindo o acento agudo do i e traduzindo ”mídia” ( meios de comunicação). Como diálogo técnico, percebemos que o termo em destaque mudou de “hipermídia” para “web”, indicando uma interação tecnológica.

Outro exemplo esteve em debate no SBBD 2023, assim como o CBSoft é um agregador de eventos relacionados à Engenharia de Software, cogitou-se trocar a identidade do SBBD para CBData, um agregador de eventos relacionados a dados. Esta é uma mudança de identidade e de estrutura bastante interessante, e algumas dúvidas surgem.

Por que “CBData” e não “CBDados”? Quais simpósios integrariam este grupo? Seriam criados outros eventos? Como definir um evento que a sua imanência é primária e essencialmente relacionada a dados? Como fica a distribuição política e de poder nesta nova disposição? Esta é uma mudança bem vinda em intenção e necessidade de atualização, repleta de desafios e complexidades.

A análise de identidade é bem-vinda, pois muitos eventos se dedicam a temas específicos de tecnologia. As tecnologias estão em constante mudança (não em evolução), portanto tais mudanças são racionalmente plausíveis pela imanência epistemológica.

Finalmente, os superblocos. Os superblocos são grupos político-científicos que se reúnem e realizam grandes eventos de forma consistente. Poderíamos chamá-los de “congressos” ou qualquer outro nome tradicional, mas alguns se comportam assim, sem nomenclatura padrão. Somente o CBSoft e o CBIE se identificam como congressos e o BRACIS como conferência.

SBGames, SVR e SIBGRAPI formam um superbloco, mas é difícil dizer que a formação de blocos respeita literalmente a afinidade epistêmica. Não há apenas um elemento que aparece em jogos, realidade virtual ou computação gráfica que seja um fio condutor sem supervalorizar apenas um deles.

Por exemplo, dizer que todos são “computação gráfica” favorece SIBGRAPI; dizer que todos eles apresentam elementos de “computação gráfica” desconsidera a intenção da SBGames de abraçar jogos físicos, e não principalmente jogos computacionais; e dizer “envolve coisas gráficas” basicamente traz outros dez ou mais simpósios para este grupo.

Nada disto apresenta uma avaliação negativa ou representa um problema. Um raciocínio ético plausível é que esta união ocorre principalmente por razões sociais e políticas e, secundariamente, por razões epistêmicas.

Os superblocos apresentam vantagens, desvantagens e características, potenciais insumos para trabalhos futuros. Por exemplo, por que o SBQS não faz parte do CBSoft? Por que os sistemas inteligentes se organizam em dois SCs, Inteligência Artificial e Inteligência Computacional?

De todos os eventos, metade (14) teve edições em todos os dezenove anos entre 2001 e 2019. O evento com menor número de edições (10) é o SBCM (bianual). A SBCCI foi o único evento com todas as suas dezenove edições sem qualquer comportamento de co-alocação com outros.

Em todas as edições do SBES houve co-alocação, seja com WIM, SBBD, ou através do CBSoft (SBCARS, SAST…). Além da co-alocação inicial entre WSeg e SBRC, nenhum destes dois eventos teve qualquer co-alocação com outros. Ficamos surpresos que o SBIE tenha sido co-alocado apenas uma vez, com o WCSCW, e mesmo assim, sem co-alocação com nenhum outro simpósio.

No aspecto de internacionalização, cinco eventos aconteceram fora do Brasil, SIBGRAPI 2013 no Peru; SBAC-PAD 2012 e 2016 nos EUA; 2014 e 2018 na França.

SBSC e SBBD carregam a maior quantidade de alocações. Ao considerarmos a essência epistemológica do SBSC, esta associação chega ao nível de intuitiva, pois um evento que preza pela colaboração colabora com os demais. Quanto ao SBBD este raciocínio é menos trivial, entretanto ao considerarmos a relação de “dados” com as demais áreas, é perceptível que haja abertura para alocação com quase todos os demais simpósios.

Dos vários fatores que podem formar um superbloco, a história e os aspectos sociais das comunidades influenciam diretamente. Por exemplo, por um lado, atualmente é um desafio dissociar Robótica e Inteligência Artificial, o que é uma excelente oportunidade para a SBR fazer parte do BRACIS e do super bloco de Inteligência Computacional.

Por outro lado, tanto o BRACIS quanto o SBR têm histórias comunitárias diferentes. Como a SBR partiu da comunidade de automação, fortemente influenciada pelo LARS, cada grupo seguiu seu caminho e preservou seu status, privilégio e poder, e redes.

Tratar cada evento como um indivíduo é uma decisão complexa e requer aprofundamento ético. Dois argumentos relevantes, “devemos contar eventos co-localizados no mesmo local como um”; “se os eventos fazem parte do mesmo superbloco, eles devem contar como um”. Esse raciocínio é fundamental para a matéria que ainda virá, sobre análise coletiva.

Quantitativamente, analisar separadamente é válido. Eticamente, não. O problema aqui, e que é rotineiro em documentos, atas, palestras e reuniões, entre tantos outros, está relacionado à hipóstase:

“Mas falando de sociedade, devemos ser cautelosos para não hipostasizá-la; isto é, não considerar a sociedade como algo que existe em si e para si, como uma realidade substancial que se sustenta independentemente dos homens concretos que a compõem; a sociedade é composta por eles e não existe independentemente dos indivíduos reais. Porém, estes também não existem fora da sociedade, ou seja, fora do conjunto de relações sociais em que estão inseridos. Em cada indivíduo, uma série de relações sociais se entrelaçam de maneira particular, e a própria forma de afirmar sua individualidade em cada época e em cada sociedade tem um caráter social. […]

Assim, não cabe fundamentar a sociedade, ignorando que ela não existe sem indivíduos concretos; nem se pode tornar o indivíduo um absoluto, ignorando que por essência ele é um ser social.” (Vasquez, 2018)

Quatro simpósios compõem o CBSoft. Um coletivo organizacional (por exemplo, coordenador do programa) compõe os simpósios; as pessoas compõem os coletivos da organização e seguem princípios, valores e normas morais. Além disso, eles estão constantemente em negociação entre a sua moral e a moral externa.

Nenhuma associação e congregação humana é natural, técnica ou mecânica; é principalmente e predominantemente social. Por exemplo, apesar da afinidade técnica entre SAST e SBES, esses dois eventos só se uniram para compor o superbloco por afinidade social, daí afinidade técnica e temática, dentre outros. Se os princípios, valores ou normas morais da SAST, expressos através de seus membros, apresentassem um conflito crítico e moral com o SBES, também expresso através de seus membros, não formariam o superbloco.

Por exemplo, os eventos evitam a co-alocação ou a composição de superblocos por razões principalmente sociais, por exemplo, privilégio e poder? “Se integrarmos esse superbloco, teremos que responder a essas pessoas, partilhar recursos, negociar coisas simples e perder a nossa autonomia”.

Muitos de vocês já ouviram ou leram isso em algum lugar, certo? Isso é cientificamente razoável? Isso tem respaldo racional baseado na gestão, na administração ou nas ciências organizacionais? Seria esta uma decisão ética plausível? Os eventos científicos deveriam seguir o conhecimento científico para melhorar? Se formos tratar de justificativas morais, neste cenário, notamos que todas as justificativas se alinham para a conjunção de acontecimentos, exceto a social.

Por isso, por exemplo, contabilizamos quatro eventos quando o CBSoft 2018 foi realizado em SP. Quatro organizações, quatro comitês, quatro comunidades, quatro procedimentos, necessidade de infraestrutura para quatro eventos, conciliação moral de quatro comunidades.

Quando o SBAC-PAD 2012 foi realizado nos EUA, por que a organização não levou junto o WSCAD 2012 realizado no RJ? Foi uma escolha racional e orientada para a internacionalização (SBAC-PAD), organizando também o evento congregacional nacional das comunidades de computação de alto desempenho (WSCAD). O que tem acontecido constantemente desde então, semestralmente.

Isoladamente, há informações e conhecimentos limitados para extrair desta recolha de dados. No entanto, eles agregam um valor significativo. A partir de agora, o que nos interessará é quais fenômenos podemos perceber ao analisar coletivamente os simpósios.

Tabela 1. Tabela completa com eventos e suas localizações geográficas por estado, 2001 – 2019
Tabela 2. Tabela completa com eventos e suas localizações geográficas por estado, 2001 – 2019. Sem estilos ou especificações de tipos ou categorias de eventos
Tabela 3. Tabela completa com eventos e suas localizações geográficas por estado, 2001 – 2019. Apenas localidades

*Aqui, não julgamos valores ou fatos técnicos sobre a qualidade dos servidores, domínios, hospedagem ou serviços de sites da SBC. Nós nos concentramos nos aspectos éticos ou morais do acesso à informação, memória ou cultura.

Referências

Babbie, E. (2021). The Practice of Social Research. Cengage Learning, Boston, MABuston, K., Parry-Jones, W., Livingston, M., Bogan, A., and Wood, S. (1991). Qualitative research. BRITISH JOURNAL OF PSYCHIATRY, 172:197–199.

Carvalho, L. P., Suzano, J. A., Oliveira, J., França, J., and Santoro, F. M.(2022). Ethics: What is the Research Scenario in the Brazilian Symposium SBSC? In Anais do XVII SBSC, pages 159–166, Porto Alegre, RS, Brasil. SBC.

Creswell, J. W. and Creswell, J. D. (2018). Research Design. Qualitative, Quantitative, and Mixed Methods Approaches. SAGE Publications, Inc., 5 edition.

Fathalla, S., Vahdati, S., Lange, C., e Auer, S. (2020). Scholarly events characteristics in four fields of science: a metrics-based analysis. Scientometrics, 123:677-705.

Gondar, J. (2015). Memória individual, memória coletiva, memoria social. Revista Morpheus – Estudos Interdisciplinares em Memória Social, 7(13).

Lackner, A., Fathalla, S., Nayyeri, M., Behrend, A., Manthey, R., Auer, S., Lehmann, J., and Vahdati, S. (2021). Analysing the evolution of computer science events leveraging a scholarly knowledge graph: a scientometrics study of top-ranked events in the past decade. Scientometrics, 126:1-23.

Leite, Pedro Pereira. (2014). O paradoxo da memória e o impasse do projeto antropológico. Hypotheses. Disponível em: https://globalherit.hypotheses.org/1448

Mazar, A. and Wood, W. (2018). Defining habit in psychology. In Verplanken, B., editor, The Psychology of Habit: Theory, Mechanisms, Change, and Contexts, pages 13–29, Cham. Springer International Publishing.

Nadeem, A. (2022) Human-centered approach to static-analysis-driven developer tools. Commun. ACM. 65(3):38-45

Nakagawa, E., Braga, R. T. V., e Ribeiro, M. (2022). Manual de Organização do Congresso Brasileiro de Software (CBSoft). Comissão Especial de Engenharia de Sotware, Porto Alegre, RS, Brasil, 1ª edição. https://comissoes.sbc.org.br/ce-es/documentos.php

Nora, Pierre. Les Lieux de Mémoire. 1. La République. Paris: Gallimard, 1984.

Rudy-Hiller, F. (2018). The Epistemic Condition for Moral Responsibility. In Zalta, E. N., editor, The Stanford Encyclopedia of Philosophy. Metaphysics Research Lab, Stanford University, Fall 2018 edition. https://plato.stanford.edu/archives/fall2018/entries/moral-responsibility-epistemic/

SBC (2021). Manual de eventos realizados e correalizados. Sociedade Brasileira de Computação, Porto Alegre, RS, Brazil, 1st edition. https://www.sbc.org.br/documentos-da-sbc/category/138-manuais-para-eventos

Simson, O. (2003). Memória, cultura e poder na sociedade do esquecimento. Augusto Guzzo Revista Acadêmica, 1(6):14–18.

Vázquez, A. S. (2018). Ética. Civilização Brasileira, 39th edition.

Autores

Foto do autor Luiz Paulo CarvalhoLuiz Paulo Carvalho. Professor substituto no IC/UFRJ. Bacharel em Sistemas de Informação (SI) pela UNIRIO. Mestre em Informática, com ênfase em SI, pelo PPGI/UNIRIO. Doutorando em Informática pelo PPGI/UFRJ, integrante do Laboratório CORES. Bolsista e pesquisador CAPES. Tópicos de interesse são, não limitados a, Ética Computacional, Discriminação e opressão social em SI, Transparência de SI, Modelagem e qualidade de processos de negócios, Privacidade e proteção de dados, CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade).

Foto do autor deógenes juniorDeógenes Silva Junior. Bacharel em Ciência da Computação pela UFMT. Mestre em Informática pela UFPR. Doutorando em Ciência da Computação na UFPR, laboratório IHC-IE, colaborando com pesquisas em Interação Humano Computador, Design Socialmente Consciente, Jogos e Informática na Educação. Deógenes tem interesse em design de tecnologias de forma participativa e socialmente consciente, Computação Ubíqua e Socioenativa, Informática na Educação, Acessibilidade, Privacidade, Cultura e Valores em Sistemas de Informação. Lattes: http://lattes.cnpq.br/0758437549881898

Como citar este artigo

Carvalho, Luiz Paulo; Silva Junior, Deógenes Pereira da. Segunda Matéria: Eventos da SBC e suas localizações. SBC Horizontes, outubro. 2023. ISSN 2175-9235. Disponível em: http://horizontes.sbc.org.br/. Acesso em: DD mês. AAAA.

Compartilhe: