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Sistemas de Informação e Engenharia de Software: sobreposições e diferenças

Sistemas de Informação e Engenharia de Software: sobreposições e diferenças

Autora:  Renata Araujo
Comentários e revisão: Sean Siqueira, Mariano Pimentel e Valdemar Vicente Graciano Neto.
Revisão de texto: Elmar Aquino
Ilustração da capa: A Torre de Babel (Pieter Bruegel). Fonte: PublicDomainPictures.net.

Este artigo dá continuidade às discussões iniciadas em artigo anterior desta coluna, intitulado
“Vamos ampliar nossa visão sobre Sistemas de Informação?. Se você não leu esse artigo, dê um click e leia lá!

Em 2024, celebraremos 20 anos do Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação (SBSI). Um evento que reúne uma comunidade de pesquisadores provenientes da Computação para realizar pesquisas na área de Sistemas de Informação. Essa comunidade (e o evento) chegam à sua fase adulta tendo construído coletivamente, ao longo desses anos, referências sobre a natureza do ensino (ARAUJO et. al., 2017) e da pesquisa (BOSCARIOLI et. al., 2017) em Sistemas de Informação (SI). No entanto, é intrigante notar que paire ainda certa confusão sobre o que significa fazer pesquisa nesse campo de conhecimento. Em particular, uma “zona cinzenta” de significados e propósitos está no que aproxima e no que distancia os campos de conhecimento Sistemas de Informação e Engenharia de Software. 

Atenção! Que fique bem claro que este não é um artigo que pretende promover a segregação entre áreas. Muito pelo contrário! Já passamos do tempo de compreender que a compartimentação dos saberes em caixas disciplinares foi uma necessidade para avançarmos como sociedade, mas que hoje se mostra como um dos grandes obstáculos para resolvermos os problemas sistêmicos e complexos que se apresentam para nossa investigação. Como diz meu querido amigo Sean Siqueira: “Tudo se sobrepõe”.

No entanto, a verdade é que, para os seres humanos, dotados da capacidade de interpretar o mundo, os significados das coisas, muitas vezes, são mais importantes do que as coisas em si. Quando os significados de áreas de conhecimento estão em uma “zona cinzenta”, corremos diversos riscos: perda de foco; dificuldades de entendimento; obstáculos ao compartilhamento e combinação de resultados de conhecimento; conflitos; ausência de estratégia; persecução de objetivos confusos; perda de tempo, recursos e oportunidades de avanços científicos, entre outros. A Torre de Babel que o diga.

A Torre de Babel é um mito bíblico sobre uma torre construída na tentativa dos seres humanos alcançarem o céu. Os construtores da Torre tinham o objetivo de concentrar todas as pessoas em um só local e tornar a Torre uma referência importante, singular e magnânima. Mas Deus queria que os humanos povoassem e se espalhassem pelo mundo, explorando a Terra. Para isso, fez com que os homens passassem a falar diferentes idiomas. Incapazes de se comunicar, a construção da Torre não pôde ser concluída, e os seres humanos se dispersaram pela Terra. Isto fez com que o potencial específico de cada coletividade pudesse ser desenvolvido, gerando grande diversidade, mas com o desafio contínuo do mútuo entendimento. 

É sobre isso que quero falar aqui. A Computação, como comunidade científica, precisa se espalhar pelas oportunidades de conhecimento que se apresentam, evitando nos cristalizarmos em uma única “torre”. O desafio, para as áreas associadas, como é o caso de SI e ES, está na compreensão clara de seu potencial específico de geração de conhecimento sem perder o mútuo entendimento, de forma ampliarem o potencial de superar fronteiras de conhecimento, para o bem da ciência e da sociedade.  

Os conceitos e as áreas de conhecimento são resultado de processos sociais, políticos e históricos que vão cultivando a percepção coletiva sobre seus significados. Boa parte do entendimento do significado e do propósito de áreas de conhecimento está na trajetória de como essas áreas foram sendo construídas, praticadas, cultivadas e compreendidas pelo senso comum. Na jornada de (re)significação da área de SI, proposta por esta coluna de artigos, é importante rever essas trajetórias.

Pois bem, sistema de informação é um conceito que nasce de teorias sobre o funcionamento de sistemas mecânicos, orgânicos, econômicos e sociais (ARAUJO e SIQUEIRA, 2023). O campo de conhecimento Sistemas de Informação vem, originariamente, encontrar ressonância dentro da Computação, pela necessidade de estudar o desenho, o desenvolvimento e os efeitos das tecnologias da informação nos contextos organizacionais, sobretudo, de negócios. 

De uma forma natural, alinhada e, poderíamos também dizer, condicionada ao conhecimento e às vocações da área de Computação, a área de conhecimento Sistemas de Informação emerge, posiciona-se e negocia sua existência dentro da área de Computação pelo foco no artefato, ou seja, nas soluções computacionais processadoras de informação e nas demandas das organizações e dos negócios por essas soluções. A grande vantagem dos pesquisadores em SI pela Computação em relação aos pesquisadores do mesmo campo por outras áreas, como as Ciências Sociais Aplicadas (Administração), é que, aos primeiros, caberia compreender o funcionamento interno desses artefatos e a capacidade de reprojetá-los mediante novas necessidades, enquanto, aos últimos, caberia estudar seus efeitos e impactos nas organizações. Até aí, tudo bem… ou quase. 

Um pesquisador em SI a partir de uma perspectiva da Computação tem, como vantagem prática e científica, a possibilidade de projetar soluções computacionais mais eficazes, desde que avance em teorias, conceitos e abordagens para uma compreensão aprofundada dos contextos organizacionais e dos efeitos possíveis das soluções computacionais que pretende criar quando colocadas em uso. A vantagem científica de atuar em uma área por natureza multidisciplinar e fronteiriça está em fazer o esforço de avançar deliberadamente na compreensão do conhecimento teórico e prático das áreas interlocutoras e, mais do que isso, protagonizar a geração de conhecimento nessa fronteira, não se limitando ao conhecimento computacional. Podemos ganhar, como área científica, se sairmos de nossa zona de conforto de “construir sistemas” e avançarmos no desenvolvimento de competências que nos permitam uma interlocução real no debate científico sobre a teorização, os conceitos, o projeto, a crítica e a avaliação dos impactos dos sistemas de informação nas organizações e na sociedade contemporânea. 

Com o tempo, a área de Sistemas de Informação vem construindo, vagarosamente e com resistência, a ideia de que a geração de conhecimento nesse contexto implica abraçar o não tecnológico: a gestão organizacional, o humano, o político, o econômico, o social. Isso também implica ir em direção aos conhecimentos das áreas das Ciências Sociais Aplicadas, como também das Ciências Humanas. Uma reflexão recentemente explorada por Randy Connolly em artigo da Communications of the ACM: Why Computing Belongs within the Social Sciences (CONNOLLY, 2020) e recorrentemente discutida na área de Sistemas de Informação no Brasil (BOSCARIOLI et. al., 2017) (ARAUJO et. al., 2017). 

A Engenharia de Software (ES), por sua vez, em sua origem, particulariza-se como área de conhecimento, pela necessidade de valorizar profissionais e pesquisadores em seus saberes empíricos do desenvolvimento de software que ganhava continuamente importância e complexidade e nunca mais deixaria de ser um elemento crítico no funcionamento de sistemas de informação organizacionais e sociais. Software é parte de um sistema de informação, muito embora, no linguajar comum, esses dois termos – software e sistema de informação – sejam recorrentemente utilizados com o mesmo significado. 

Bem, a área de Engenharia de Software negocia sua existência dentro da Computação ao defender a importância do estudo e da sistematização de processos, métodos, técnicas e ferramentas que garantam o sucesso do desenvolvimento do produto de software com produtividade e qualidade, atendendo a demandas organizacionais e dentro de uma grande complexidade de restrições (BOURQUE e FAIRLEY, 2014) (IEEE-CS, 2022). O foco da área está na aplicação dos conceitos da engenharia ao software, combinando ciência e prática para a geração da melhor solução de software possível balanceando as restrições de um determinado contexto. 

Com o tempo, a área de Engenharia de Software também percebe que componentes não tecnológicos – humanos, sociais, organizacionais, econômicos etc. – parecem ser tão importantes nos processos de construção de software quanto as abordagens tecnológicas para sua construção (WASHES, 2016-2023). Os componentes não tecnológicos trazem condições, exigências e restrições ao processo de construção das melhores soluções de software, configurando novas práticas para a engenharia do produto de software, como, por exemplo, o manifesto pela agilidade no desenvolvimento de software   (https://agilemanifesto.org/), que quebrou paradigmas significativos ao incluir expectativas do elemento humano e da colaboração no processo de desenvolvimento de produtos.   

Dessa narrativa, penso que fique claro que é ao olhar para o desenho e a produção de artefatos computacionais baseados em software, que essas duas áreas – ES e SI – encontram convergências. Encontram similaridades também ao perceberem que a eficiência e a qualidade desse artefato são frutos das relações entre aspectos tecnológicos, humanos e sociais. Convergem, ainda, quando o contexto de estudo são as organizações cujo negócio é a produção de software e o foco de entendimento e pesquisa está no funcionamento dessas organizações e nos impactos da introdução de tecnologias em seus contextos.

Porém, enquanto a Engenharia de Software se especializa no domínio e em novas soluções sociais, econômicas, metodológicas e tecnológicas da produção de software em escalas cada vez mais complexas, a área de SI se abre a estudos sobre como se dá a composição de elementos que envolvem as tecnologias de informação (incluindo software), os processos, as pessoas e as organizações, a dinâmica dessa composição, seus efeitos, retroalimentação e evolução como sistemas complexos (VON BERTALANFFY, 1975) (MEADOWS, 2008) para além da produção do software. É exatamente aqui que as áreas encontram suas diferenças

A área de SI se interessa pelo estudo dos fenômenos que cercam a introdução e interação de artefatos tecnológicos em contextos organizacionais e sociais, bem como observar o impacto (econômicos, sociais, ambientais, políticos etc) nesses contextos por meio de diferentes formas de desenho de sistemas e tecnologias computacionais. Neste sentido, Jan Recker adverte aos que pretendem se tornar pesquisadores na área de SI: 

“O ponto que estou defendendo aqui é que os alunos precisam estar cientes do fato de que, como estudioso de sistemas de informação – uma disciplina que diz respeito à tecnologia da informação em uso por [indivíduos/organizações/economias/outros grupos de pessoas], por definição, faz parte das ciências sociais. Assim que nossa investigação diz respeito a um elemento humano, a imprecisão e a ambiguidade se insinuam em nossa pesquisa.” (Recker, 2013)

Esta fala aponta para o fato de que precisamos abraçar a ideia de que a área de SI se abre (e o ponto que defendo aqui é que ela precisa ainda se abrir muito mais) para a compreensão da dinâmica de sistemas sociais e organizacionais, para o entendimento das características e funcionamento desses contextos, para as estruturas de gestão organizacional, para as relações entre o desenho de artefatos tecnológicos, considerando as redes sociotécnicas nas quais estarão inseridos, para a investigação das formas de apropriação e os impactos dessas tecnologias por pessoas e por negócios. 

Isto implica em, invariavelmente, mergulhar em conceitos, teorias e abordagens interdisciplinares (IS Theory https://is.theorizeit.org/wiki/Main_Page), para além da visão de engenharia de construção (campo de exploração da ES). Portanto, toda pesquisa em SI precisa minimamente olhar neste sentido, ampliando a fronteira desse conhecimento. Cabe à área de SI avançar no campo interdisciplinar e se apropriar do conhecimento de outras áreas, sobretudo das ciências sociais e humanas, com também de toda e qualquer outra área onde se pretende investigar o efeito do desenho e aplicação da tecnologia de informação nos sistemas que emergem das interações sociais e organizacionais em cada domínio.

Avançar nesse sentido implica em ter coragem para sair de uma zona de conforto que eu mesma, como pesquisadora formada na área da Computação, percebo em minhas pesquisas. Significa, principalmente, romper com a ilusão da possibilidade de controle da realidade por meio da construção de artefatos computacionais capazes de submetê-la às minhas expectativas, para ser impactado, de forma surpreendente, com a riqueza que existe no mundo não idealizado, seus desafios e possibilidades. Como nos diz Donella Meadows, referência na área do pensamento sistêmico, é preciso “dançar com os sistemas”:

“…os sistemas de feedback auto-organizados e não lineares são inerentemente imprevisíveis. Eles não são controláveis. Eles são compreensíveis apenas da maneira mais geral. O objetivo de prever o futuro com exatidão e preparar-se para ele com perfeição é irrealizável. A ideia de fazer um sistema complexo fazer exatamente o que você deseja só pode ser alcançada temporariamente, na melhor das hipóteses. Nunca poderemos compreender completamente o nosso mundo, não da forma como a nossa ciência reducionista nos levou a esperar. … Para qualquer objetivo que não seja o mais trivial, não podemos otimizar; nem sabemos o que otimizar. Não podemos acompanhar tudo. Não conseguiremos encontrar uma relação adequada e sustentável com a natureza, uns com os outros ou com as instituições que criamos, se tentarmos fazê-lo a partir do papel de conquistador omnisciente.” (MEADOWS, 2001)

Na intenção de ampliar a visão da pesquisa e a atuação em SI (ARAUJO e SIQUEIRA, 2023), é importante esclarecer essas diferenças e sobreposições entre as áreas. Primeiro, para que as duas áreas – SI e ES – possam contribuir especificamente dentro de seus objetivos, mas também possam promover articulações produtivas de conhecimento entre si, com clareza de visões. 

Segundo, para motivar os pesquisadores interessados na área de SI a se posicionarem no sentido de avançar em competências ainda pouco exploradas: o aprofundamento em teorias (sociais, econômicas, políticas, organizacionais etc.) existentes na área-problema em que se pretende intervir; o conhecimento e a aceitação da validade das abordagens e das metodologias de pesquisa que se voltam para os estudos organizacionais, sociais e do design; e resiliência e coragem para a condução e o relato da pesquisa multidisciplinar! 

É aqui que essa área ganha e pode negociar novos espaços de relevância profissional e científica, nacional e internacional, com profissionais e pesquisadores da Computação atuando com expressividade e na formação de gerações de pesquisadores a partir daí, mostrando novos caminhos de pesquisa e prática e concedendo à Computação oportunidade de protagonizar, junto a outras áreas, reflexões e contribuições aos desafios sociotécnicos que se apresentam a todos nós.

Para manter em mente:

  • Os estudos na área de Sistemas de Informação não estão restritos ao desenvolvimento de sistemas. Eles envolvem conhecimento nas áreas de filosofia, pensamento sistêmico, gestão organizacional, gestão de tecnologia da informação, aspectos humanos e sociais.
  • As áreas de estudo de Sistemas de Informação e Engenharia de Software se sobrepõem ao colocarem o interesse no projeto de artefatos baseados em software para a solução de problemas organizacionais ou sociais.
  • As áreas de estudo de Engenharia de Software e Sistemas de Informação se distanciam ao colocarem o foco no software e seu processo de produção como principal (a primeira) e, no software, como parte de uma rede sociotécnica com implicações organizacionais (a segunda).
  • A área de Sistemas de Informação pode avançar em competências que envolvem o estudo de teorias e metodologias de pesquisa voltadas para os contextos organizacionais e sociais, levando a Computação como uma área protagonista nas reflexões atuais sobre as relações da tecnologia da informação e as redes sociotécnicas das quais faz parte.

 

Referências

ARAUJO, R., CERQUEIRA, A., CIDRAL, A., BANDEIRA, D., PATTO, V. S. Bacharelado em Sistemas de Informação. Em: ZORZO, A. F.; NUNES, D.; Matos, E.; STEINMACHER, I.; LEITE, J.; ARAUJO, R. M.; CORREIA, R.; MARTINS, S. “Referenciais de Formação para os Cursos de Graduação em Computação”. Sociedade Brasileira de Computação (SBC). 153p, 2017. ISBN 978-85-7669-424-3. https://www.sbc.org.br/documentos-da-sbc/send/127-educacao/1155-referenciais-de-formacao-para-cursos-de-graduacao-em-computacao-outubro-2017 

ARAUJO, R., FORNAZIN, M., PIMENTEL, M. Uma Análise sobre a Produção de Conhecimento Científico nas Pesquisas Publicadas nos Primeiros 10 anos da iSys (2008-2017). iSys – Brazilian Journal of Information Systems, 10(4), 45–65. 2017. https://doi.org/10.5753/isys.2017.351 

ARAUJO, R., SIQUEIRA, S.. Vamos ampliar nossa visão sobre Sistemas de Informação. SBC Horizontes. 2023. https://horizontes.sbc.org.br/index.php/2023/06/vamos-ampliar-nossa-visao-sobre-sistemas-de-informacao/ 

BOSCARIOLI, C.; ARAUJO, R. M.; MACIEL, R. S. P. I GranDSI-BR – Grand Research Challenges in Information Systems in Brazil 2016-2026. Special Committee on Information Systems (CE-SI). Brazilian Computer Society (SBC). ISBN: [978- 85-7669-384-0]. 2017. 184p. https://doi.org/10.5753/sbc.2884.0

BOURQUE, P.; FAIRLEY, R.E. (eds.) Guide to the Software Engineering Body of Knowledge, Version 3.0, IEEE Computer Society. 2014, http://www.swebok.org 

CONNOLLY, R. Why computing belongs within the social sciences. Commun. ACM 63, 8 (August 2020), 54–59.  2020. https://doi.org/10.1145/3383444

IEEE-CS. SWEBOK V4 Beta (v2022Dec31). 2022. https://www.computer.org/volunteering/boards-and-committees/professional-educational-activities/software-engineering-committee/swebok-evolution 

MEADOWS, D. Thinking in systems: A primer. Chelsea Green Publishing, 2008.

MEADOWS, D. Dancing with systems. Whole Earth, v. 106, p. 58-63, 2001.

RECKER, J.. Scientific research in information systems: a beginner’s guide. Berlin: Springer, 2013.

VON BERTALANFFY, Ludwig. Teoria geral dos sistemas. Petrópolis: Vozes, 1975.

WASHES. Workshop de Aspectos Sociais, Humanos e Econômicos de Software. 2016-2023. https://sol.sbc.org.br/index.php/washes/issue/archive  

 

Sobre a autora

Renata Araujo é professora na  Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada da UPM, do Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Informação da EACH-USP, do Doutorado Profissional em Políticas Públicas da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e pesquisadora convidada no LUDES/COPPE. É coordenadora do Grupo de Pesquisa e Inovação em Ciberdemocracia, cujo principal objetivo é descobrir novas formas de diálogo com uso da tecnologia digital. Atuou como membro da Comissão Especial em Sistemas da Informação da SBC desde sua criação em 2010 até 2023.  CV Lattes

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